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sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A Era Vargas

3º Ano – 4º Bimestre/2013

Aula  6– História do Brasil – A Era Vargas (1930 - 1945)
 


Introdução: O governo de Getúlio Vargas, que teve início com a Revolução de 1930 (que acabou com a “República Velha”). adotou medidas controladoras, ditatoriais e paternalistas, mas também contou com aspectos modernos na industrialização do país e na inovação das políticas trabalhistas com a criação da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

 

Três Fases:


O Governo Provisório (1930 – 1934):

 

O primeiro período dos Governos de Vargas como presidente da república teve a presença de vários grupos aliados oriundas das classes médias, a burguesia urbana, as oligarquias dissidentes, banqueiros, industriais, militares e setores do operariado. Nesse quadro, as antigas oligarquias, que ainda tinham certo poder, tiveram que dividir o comando da nação com novas forças políticas.

Logo que impôs a dissolução da Constituição de 1891, Vargas compôs um ministério repleto de representantes políticos gaúchos e mineiros. Além disso, colocou diversos militares para controlarem os governos estaduais na qualidade de interventores. Desprovidos de um projeto político mais exato, os militares logo seriam hostilizados em sua presença na política. Com o passar do tempo, muitos deles seguiram para outras tendências de extrema esquerda (comunismo) e direita (totalitarismo).

No plano econômico, o governo de Vargas procurou controlar a produção cafeeira através do Conselho Nacional do Café. Adquirindo a produção dos cafeicultores, Vargas esperava regular a valorização do produto no mercado externo. Na indústria, o país apostava no investimento em áreas que se mostravam atrativas mediante a retração econômica (devido à crise de 29) de muitos países dos quais importávamos mercadorias industrializadas.

Sem uma constituição e governando através de decretos, Vargas logo sentiu a reação das oligarquias paulistas. No ano de 1932, a chamada Revolução Constitucionalista, em São Paulo, configurou uma tentativa frustrada de ir contra o novo governo e sua ampla base de apoio. Apesar de não promover a derrubada de Getúlio, o evento serviu para que uma assembleia constituinte fosse organizada com o intuito de discutir uma nova carta constitucional para o Brasil.

Em 1934 era promulgada uma nova constituição. Um novo código eleitoral legitimava o voto secreto e concedia esse mesmo direito a todos os cidadãos maiores de 21 anos, incluindo as mulheres. Paralelamente, os trabalhadores foram agraciados com uma série de direitos entre os quais se destacavam a jornada de oito horas diárias; a paridade salarial entre os sexos, a proibição do trabalho aos menores de 14 anos; férias remuneradas e indenização para demissão sem justa causa.

Visando incentivar a economia, foram autorizadas linhas de crédito e a criação de companhias e institutos dedicados à discussão dos rumos do setor industrial. De forma semelhante, nas atividades agrícolas foram tomadas medidas que aperfeiçoaram a produção, que ampliaram os índices de exportação. No plano educacional, se instituiu o ensino primário público e gratuito, e a ampliação das instituições de ensino superior e secundário.

Aproveitando do amplo apoio político já conquistado, Vargas conseguiu que os deputados responsáveis pela Constituição de 1934 aprovassem a adoção de eleições indiretas para o primeiro mandato presidencial. Dessa forma, Getúlio Vargas alargou o seu mandato em mais quatro anos ao ser escolhido pelos membros do Poder Legislativo. Segundo o que fora acordado, o próximo presidente seria escolhido através de eleições diretas.

 

O Governo Constitucional (1934-1937):

 

Valendo-se da manutenção dos setores que o apoiavam e o vazio político ainda gerado pela Revolução de 1930, Getúlio Vargas, como foi dito no item anterior, alcançou mais um mandato presidencial. Desta vez, conseguiu ser eleito de forma indireta pelos integrantes da Assembleia Constituinte. Só com o fim do seu mandato é que haveria a realização de eleições presidenciais com votação direta.

Ao contrário de seu outro governo, Vargas encarou a formação de duas tendências políticas que marcaram essa época. De um lado, a ANL (Aliança Nacional Libertadora), que congregava membros da esquerda, como socialistas e comunistas, alguns militares, liberais-democratas e outros simpatizantes de ideias voltadas para o âmbito da justiça social. E de outro a Ação Integralista Brasileira (ou simplesmente os Integralistas, cujo símbolo era: ∑ ), partido formado por intelectuais que defendiam o fascismo no Brasil e que acabou influenciando alguns militares brasileiros (eram conservadores e contra a democracia e o socialismo).

Com fortes críticas de Vargas e se tornando muito popular, a ANL sofreu um duro golpe ao ser colocada na ilegalidade pela Lei de Segurança Nacional. Nesse instante, os membros do Partido Comunista Brasileiro encabeçaram um movimento que manteria a ANL viva; porém, na clandestinidade. Em pouco tempo, os aliancistas organizaram uma tentativa de golpe contra Vargas (atacando alguns quartéis do exército), que foi denominada pelo seu governo como “Intentona Comunista”; o movimento não conseguiu ameaçar o poder instituído.

Apesar de reprimida, a ação dos comunistas acabou servindo de pretexto para que Getúlio Vargas decretasse estado de sítio e que as atividades de esquerda fossem devidamente reprimidas. As ações do Poder Legislativo foram diminuídas e o Executivo teve as suas atribuições formais ampliadas. Mesmo com o regime democrático ameaçado, o cenário político da época ainda aguardava pela realização de eleições em 1938; e, inicialmente, tudo indicava que as eleições transcorreriam com a normalidade prevista na constituição. Contudo, em setembro de 1937, as autoridades governamentais foram a público para realizar a denúncia do ardiloso “Plano Cohen” (Cohen seria uma agente comunista russo infiltrado aqui para preparar a revolução contra o capitalismo; mas não existia nenhum Cohen de origem russa infiltrado no Brasil). Segundo o que fora noticiado, esse plano consistia em uma tentativa dos comunistas de tomarem o Estado com atentados terroristas (uma farsa). Com esta justificativa, o Congresso e a cúpula das Forças Armadas deram apoio ao golpe militar de Getúlio Vargas que deu origem ao Estado Novo.

 

O Estado Novo (1937–45):


Introdução
O Estado Novo é o nome que se deu ao período em que Getúlio Vargas governou o Brasil de 1937 a 1945. Este período ficou marcado, no campo político, por um governo ditatorial.

O Golpe de Estado de 1937
Em janeiro de 1938 deveriam ocorrer as eleições presidenciais. Porém, alegando a existência de um suposto plano comunista (Plano Cohen) e aproveitando o momento de instabilidade política pelo qual passava o país, Getúlio Vargas deu um golpe de estado em 10 de novembro de 1937. Vargas contou com o apoio de grande parte da população (principalmente da classe média com medo do comunidmo) e dos militares. Começou assim um período ditatorial.

Após o golpe, Vargas fechou o Congresso Nacional e impôs uma nova constituição (apelidada de “polaca”) com várias características antidemocráticas. 

Realizações e fatos deste período:
- Censura aos meios de comunicação (rádios, revistas e jornais) e às manifestações artísticas como, por exemplo, teatro, cinema e música;
- Criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) para promover e divulgar as realizações do governo;
- Perseguição e, em alguns casos, prisão de opositores e inimigos políticos;
- Repressão às manifestações políticas e sociais (protestos, greves, passeatas);
- Controle dos sindicatos;
- Criação da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em 1943, garantindo vários direitos aos trabalhadores;
- Criação da Justiça do Trabalho, da carteira de trabalho, salário mínimo, descanso semanal remunerado, jornada de trabalho de oito horas e regulamentação do trabalho feminino de menores de idade;
- Centralização administrativa do estado (aumento da burocracia estatal);
- Criação de uma nova moeda, o cruzeiro;
- Investimentos em infraestrutura e ênfase no desenvolvimento industrial (criação da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce);
- Participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados (Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética), com o enviou da FEB (Força Expedicionária Brasileira) aos campos de batalha na Itália.

Fim do Estado Novo
Com o final da 2ª Guerra Mundial (1945) e a derrota das nações fascistas, a opinião pública começou a contestar o regime ditatorial varguista. Intelectuais, artistas, profissionais liberais e grande parcela do povo queriam a volta da democracia ao país. A pressão para a renúncia de Vargas aumentava a cada dia. No dia 29 de outubro de 1945, um movimento militar, liderado por generais, depôs do poder Getúlio Vargas.

Conclusão
          O governo de Vargas, durante o Estado Novo, apresentou pontos positivos e negativos para o país. Na área econômica, o país fez grandes avanços com a modernização industrial e investimentos e infraestrutura. Os trabalhadores também foram beneficiados com leis trabalhistas, garantindo diversos direitos. Porém, no aspecto político, o Estado Novo significou a falta de democracia, censura e aplicação de um regime de caráter populista.



segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O Período Entre Guerras²

3º Ano – 3º Bimestre/2013

Aula 5 – História Geral – O Nazi-Fascismo  

O Fascismo Europeu
História: o que é; ideologia; países em que existiu; contexto; objetivos


Introdução 
Entre as décadas de 1920 e 1940, surgiu e desenvolveu-se, em alguns países da Europa, o fascismo. Era um sistema político, econômico e social que ganhou força após a Primeira Guerra Mundial, principalmente nos países em crise econômica (Itália e Alemanha). Na Itália, o fascismo foi representado pelo líder italiano Benito Mussolini. Na Alemanha, Adolf Hitler foi o símbolo do fascismo, que neste país ganhou o nome de nazismo. 
Este sistema terminou com a derrota do Eixo (Alemanha, Itália e Japão) na Segunda Guerra Mundial (1939-45). 

Principais características e ideias do fascismo:
Totalitarismo: o sistema fascista era antidemocrático e concentrava poderes totais nas mãos do líder de governo. Este líder podia tomar qualquer tipo de decisão ou decretar leis sem consultar políticos ou representantes da sociedade. 
Nacionalismo: entre os fascistas era a ideologia baseada na ideia de que só o que é do país tem valor. Valorização extrema da cultura do próprio país em detrimento das outras, que são consideradas inferiores.
Militarismo: altos investimentos na produção de armas e equipamentos de guerra. Fortalecimento das forças armadas como forma de ganhar poder entre as outras nações. Objetivo de expansão territorial através de guerras.
Culto à força física: Nos países fascistas, desde jovens os jovens eram treinados e preparados fisicamente para uma possível guerra. O objetivo do estado fascista era preparar soldados fortes e saudáveis.
Censura: Hitler e Mussolini usaram este dispositivo para coibir qualquer tipo de crítica aos seus governos. Nenhuma notícia ou ideia, contrária ao sistema, poderia ser veiculadas em jornais, revistas, rádio ou cinema. Aqueles que arriscavam criticar o governo eram presos e até condenados a morte.
Propaganda: os líderes fascistas usavam os meios de comunicação (rádios, cinema, revistas e jornais) para divulgarem suas ideologias. Os discursos de Hitler eram constantemente transmitidos pelas rádios ao povo alemão. Desfiles militares eram realizados para mostrar o poder bélico do governo.
Violência contra as minorias: na Alemanha, por exemplo, os nazistas perseguiram, enviaram para campos de concentração e mataram milhões de judeus, ciganos, homossexuais e até mesmo deficientes físicos.
Anti-socialismo: os fascistas eram totalmente contrários ao sistema socialista. Defendiam amplamente o capitalismo, tanto que obtiveram apoio político e financeiro de banqueiros, ricos comerciantes e industriais alemães e italianos.

Curiosidades: 
- Embora Itália e Alemanha tenham sido os exemplos mais nítidos de funcionamento do sistema fascista, em Portugal (governo de Salazar) e Espanha (governo de Francisco Franco), neste período, características fascistas se fizeram presentes. 
- A palavra fascismo tem origem na palavra fasci que significa, em italiano, "feixe". O feixe de lenha amarrado foi um símbolo muito usado em Roma Antiga. Simbolizava a força na união, pois um galho sozinho pode ser quebrado, porém unidos tornam-se bem resistentes. Benito Mussolini resgatou este símbolo ao fundar o Partido Nacional Fascista em 1922. O símbolo deste partido era o feixe de lenha com um machado, tendo de pano de fundo as cores da bandeira italiana.

O fascismo na atualidade:
Embora tenha entrado em crise após a Segunda Guerra Mundial, alguns aspectos da ideologia fascista ainda estão presentes em alguns grupos e partidos políticos. Na Europa, por exemplo, existem partidos políticos que defendem plataformas baseadas na xenofobia (aversão a estrangeiros).



O Período Entre Guerras¹


3º Ano – 3º Bimestre/2013

Aula 4 – História Geral – A Crise de 29 

A Crise de 1929
O que foi; causas da crise de 29; a quebra da Bolsa de Valores de Nova York;
Grande Depressão; a crise no Brasil; O New Deal e o fim da crise


História da Crise de 29: contexto histórico
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. 
Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. A situação começou a mudar no final da década de 1920. Reconstruídas, as nações européias diminuíram drasticamente a importação de produtos industrializados e agrícolas dos Estados Unidos. 

Causas da crise
Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.

Efeitos da crise 
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.
A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.

Efeitos no Brasil 
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época.
Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

New Deal: a solução 

A solução para a crise surgiu apenas no ano de 1933. No governo de Franklin Delano Roosevelt, foi colocado em prática o plano conhecido como New Deal. De acordo com o plano econômico, o governo norte-americano passou a controlar os preços e a produção das indústrias e das fazendas. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques. Fez parte do plano também o grande investimento em obras públicas (estradas, aeroportos, ferrovias, energia elétrica etc), conseguindo diminuir significativamente o desemprego. O programa foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.



domingo, 4 de agosto de 2013

A Revolução Russa de 1917

3º Ano – 3º Bimestre/2013

Aula 3, Revisão – História Geral – A Revolução Russa de 1917 


Enquanto O Mundo estava mergulhado nos efeitos da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), na Rússia, em 1917, que participava diretamente deste conflito, explodiu uma convulsão social e política, que se transforma em uma devastadora guerra civil e muda a história mundial: A Revolução Russa.
A Rússia, apesar de ser um grande império (o maior país do mundo em extensão territorial), cujo território nacional ocupa dois continentes (Europa e Ásia, sendo a capital Moscou uma cidade europeia), na passagem do séc. XIX para o XX encontrava-se em uma situação de atraso econômico, social e político se comparado às demais potências europeias, como Inglaterra, Alemanha e França, principalmente. Um país que na Época Contemporânea ainda apresentava uma estrutura de Antigo Regime, com privilégios para a nobreza, um governante com poderes absolutos, que era o Czar (imperador em russo), relações feudais no campo etc. Com esta estrutura atrasada, a nação não se desenvolvia; contudo, com empréstimos externos, passou por um pequeno surto industrial. Este surto não foi capaz de mudar a estrutura econômica russa de agrária para industrial; mas foi capaz de fazer surgir novas classes sociais que passam a clamar por mudanças no país: o proletariado urbano, principalmente elementos operários; classes médias; e a burguesia.
Já em 1905 fortes distúrbios explodem. O povo, liderado por intelectuais e sindicalistas (republicanos, democratas, liberais, socialistas, anarquistas etc.), dá claros sinais de insatisfação. E aí vem a Primeira Guerra Mundial. A Rússia, ao lado de Inglaterra e França, era, das potências, a mais fraca economicamente; e por isso estava levando uma “surra” da Alemanha – para usarmos um expressão mais popular. Quem pagava a conta, que era alta, com seu sacrifício (mortes nos campos de batalha e fome dentro da Rússia), era o povo russo. Em fevereiro de 1917, explode a revolução, liderada pela burguesia e apoiada pelos socialistas. Uma das promessas dos revolucionários era tirar a Rússia da Guerra; mas o partido revolucionário que assumiu o poder, destituindo o Czar – isto é, destituindo a monarquia e instituindo a república –, era burguês, e o novo governo não tirou o país da 1ª Guerra mundial, pois a burguesia russa devia muito dinheiro à burguesia da Inglaterra e França. Sendo assim, o processo revolucionário continuava vivo, devido a insatisfação popular, pois o povo se sentia traído pelo novo governo.
No exílio há alguns anos (tinha sido punido pelo Czar por suas posições revolucionárias), Lênin volta à Rússia e “coloca mais lenha na fogueira”. Com os lemas “Todo o Poder aos Sovietes” (associação, nas comunidades, entre trabalhadores operários, camponeses e soldados) e “Paz, Pão e Terra” (sair da guerra, alimentar o povo e fazer a reforma agrária), ínsita o povo (o camponês, da zona rual, e o operário urbano) a fazer mais uma revolução e isso acontece em outubro de 1917. Lênin e Trotsky, que eram bolcheviques, um grupo revolucionário que pertencia ao Partido Social Democrata Russo, de orientação marxista (ver o que é o Marxismo), tomam o poder e tiram a Rússia da guerra. Os bolcheviques, liderados por Lênin, criam o Partido Comunista Russo (o primeiro do mundo), passam a governar o país e, logo a seguir, formam União Soviética (um grupo de república socialistas liderado por Moscou). A partir de então, a Revolução Russa de 1917 (que junto à Revolução Francesa de 1789 são as maiores revolução do mundo) divide o mundo; e depois da 2ª Guerra Mundial, EUA e URSS protagonizam um dos maiores fenômenos do séc. XX: “A Guerra Fria”; mas isso é outra História.


Lista de Exercícios

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

3º Ano – 3º Bimestre/2013
Aula 2, Revisão – História Geral - A 1ª Grande Gerra
  

A Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, apesar de ter sido um conflito bélico entre os principais Estados nacionais europeus, acabou envolvendo quase todo o mundo; inclusive gerando consequências importantes no Brasil (tente descobrir o que foi, durante a “República Velha” brasileira, “a substituição de importações”, para o pequeno surto de industrialização que nosso país conheceu no início do séc. XX).
Suas causas foram muitas; mas é interessante destacar as chamadas “disputas imperialistas” (pesquise o que venha a ser “O Imperialismo” – sobretudo suas origens no século XIX).
O Chamado “estopim” do conflito foi o atentado contra o herdeiro ao Trono do Império Austro-Húngaro, o Arquiduque Francisco Ferdinando, em Sajevo, na Bósnia Herzegovina, por um estudante sérvio, desencadeando um conjunto de consequências relacionado à “Política de Alianças”.   
Durante o conflito, existiram basicamente dois grupos beligerantes, onde os demais países envolvidos, direta ou indiretamente, orbitaram – foram eles os grupos:
Tríplice Entente: Inglaterra, França, Rússia (que saiu em 1917 devido a sua Revolução Socialista), EUA (que entrou no lugar da Rússia) e Itália (que antes da guerra começar pertencia ao outro grupo). 
Tríplice Aliança: Alemanha, Império Austro-Húngaro e Império Turco-Otomano.
Os alemães e seus aliados perderam para a Entente.
O último tratado de guerra, que selou a paz, foi O Tratado de Versalhes (um armistício assinado em 1919).
Pesquise as consequências deste conflito.



Lista de Exercícios

sábado, 13 de julho de 2013

A 1ª República Brasileira (1889-1930)

3º Ano – 3º Bimestre/2013
Aula 1, Revisão – Brasil - República Velha: mudanças políticas e sociais 
 
A Primeira República: a crise do 2º Reinado, depois da Guerra do Paraguai (1865-1870) – novas forças políticas (“classes médias” urbanas, oficiais do exército e cafeicultores paulistas) tramam contra o Imperador, e, depois da Abolição (1888), proclamam a república em 1889.

A República da Espada (1880-1894) – Os oficiais do Exército Brasileiro, de influência Positivista, sobretudo, assumem a Presidência da República. Novas instituições: Tiradentes; a Bandeira positivista (“Ordem Progresso”); a Constituição Promulgada de 1891. Dois governos:
Do Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891) – destacamos: “o Encilhamento”, a 1ª Revolta da Armada e a renúncia (assume Floriano);
Do Marechal Floriana Peixoto (1891-1894) – destacamos do “Marechal de Ferro”, aquele que ficou conhecido como o “Consolidador da República”: A Revolta Federalista do Rio Grande do Sul, a 2ª Revolta da Armada (derrotou as duas), o jacobinismo etc. Com a vitória do cafeicultor paulista Prudente de Morais, em 1894 e sua posse no ano seguinte, temos o fim da República da Espada e o Início da República Oligárquica.    

A República Oligárquica (1895-1930) – Conceito de “Oligarquia” [em off, podemos dizer que as os governos oligárquicos funcionavam como “panelinhas”, controladas, em cada estado, por grandes fazendeiros e no Governo Federal pelos cafeicultores paulistas, principalmente]. Fenômeno de muitos países da América Latina após as independências – típico dos séculos XIX e início do XX; onde predominava o poder das aristocracias rurais.
Os três primeiros presidentes oligárquicos brasileiros: Prudente de Morais, Campos Sales e Rodrigues Alves (todos paulistas e cafeicultores). As três políticas oligárquicas: A Política dos Governadores (pacto oligárquico entre os estados e o Governo Federal, orquestrado no Governo de Campos Sales); A Política do Café-com-Leite (revezamento na Presidência da República entre os estados de SP e MG); e A Política de Valorização do Café (compra dos excedentes do café produzido por São Paulo com dinheiro público federal; este era obtido por empréstimos externos, depois tínhamos que pagar os juros – então dizemos: os lucros do café eram exclusivos dos cafeicultores e os prejuízos socializados por todos).
No governo de Prudente de Morais, tentemos ver o que  foi o funding loan. No governo de Rodrigues Alves, a reforma urbana do Rio de Janeiro (com Pereira Passos, Paulo de Frontin, Francisco Bicalho e o sanitarista Oswaldo Cruz), um dos motivos, junto com a Lei da Vacina Obrigatória, da revolta popular que na Cidade do Rio de Janeiro ficou conhecida como a “Revolta da Vacina”. Também no final deste governo, em 1906, foi assinado o Convênio de Taubaté, que dará origem a Política de Valorização do Café.
As Revoltas Populares da República Velha – as “espontâneas”:
As Urbanas:
A Revolta da Vacina (1904) – A Revolta da Chibata (1910).
As Rurais ou “Messiânicas”:
A Guerra de Canudos (1896-1897) – A Guerra do Contestado (1912-1916).   

(...)

    1922: Além da Semana de Arte Moderna e da fundação do Partido Comunista Brasileiro, temos o começo da crise da República Velha (na verdade, desde 1917, com as greves operárias, lideradas por sindicalistas anarquistas e marxistas – influência da Revolução Russa. O Brasil passava por um processo de industrialização).

1929: Em um contexto de crise internacional do capitalismo, eleições e, no ano seguinte, 1930, Revolução, liderada por Getúlio Vargas (relacionado às oligarquias dissidentes) – fim da República Oligárquica e início de uma nova fase da República Brasileira: A Era Vargas.